quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O Ceifador


Por: SAMARA 
Névoa...um céu nublado…tempestuoso…as nuvens desta noite tinham um aspecto sombrio, que realçava assustadoramente o clima de terror que se encontrava no cemitério...onde o clima monótono da normalidade vai embora e dá lugar ao paranormal que se encontrava na mais súbita sombra… e agora se mostra presente…na forma de um ser…um ser que não se mede por sua aparência... e sim pela suas capacidades…consideradas mortais...não há mais para onde fugir…a morte está sempre à espreita.
O homem misterioso emana uma energia maligna perceptível aos olhos de Pedro, ele aparenta ser um justiceiro das sombras que faria de tudo para vingar as vidas que forma ceifadas por ninguém menos que ele… sim, o ceifador, que vira sua atenção diretamente para o tal homem vestido de preto “armado” com um crucifixo. Tudo fica em um silêncio que permanece estático por alguns milissegundos, até que o homem se aproxima do ceifador para lhe desafiar, ele dá poucos passos, e diz em tom ameaçador:
- Vou fazer você sentir medo, não vai mais atormentar inocentes.
Pedro desconfiava do homem, o ceifador o responde sendo arrogante:
- Se achas tão valente a ponto de me enfrentar, mero mortal, triste criatura que ainda não se deu conta de sua tamanha insignificância, saia daqui imediatamente se não quiser morrer. – diz ele debochando do homem.
O homem ergue seu crucifixo apontando para o ceifador e diz algumas palavras incompreensíveis que Pedro mal entendia, o ceifador tenta se proteger usando a foice mas é inútil, as palavras tinham um poder incrível fazendo o ceifador se contorcer e de repente desaparecer. Pedro se sente inseguro, pois sabe que mais cedo ou mais tarde o ceifador viria a atormenta-lo novamente, o homem se aproxima dele lhe estendendo a mão para que se levante, mesmo receoso Pedro aceita a ajuda.
André, Flávia e Lívia estão desmaiados, as correntes tinham desaparecido, porém, os ferimentos continuavam expostos nos três, o homem decide ajuda-los, antes dele se aproximar dos três, Pedro pergunta desconfiado:
- O que vai fazer com eles? – diz achando que o homem iria fazer alguma atrocidade aos seus amigos. O homem responde com um sorriso no rosto:
- Não se preocupe, estou aqui para ajuda-los, eu fico neste cemitério depois das dez, sou um caçador de fantasmas, meu nome é Oliver, senti a presença do ceifador de longe, sabia que estavam em perigo e não pude deixar de ajuda-los, suas vidas já estavam quase no fim…acredito que ele lhe atormentou muito. 
Pedro se apresenta para o homem e pede algumas explicações: 
- Meu nome é Pedro, preciso que me responda todas as perguntas, eu quero respostas. – diz apressado.
O homem lhe mostra um livro, um livro grosso, que em sua capa apresenta um símbolo estranho, Pedro pega o livro e  o abre passando as páginas, ele pergunta sem entender nada, questionando o que está escrito no livro: 
- Eu não entendo nada do que está escrito nesse livro. O que quer que eu faça?
O homem pega os corpos de Lívia e Flávia e o aconselha a irem para um lugar seguro:
 - Vamos, precisamos sair desse ponto onde tudo aconteceu, sinto a presença de alguns espectros negros vagando entre nós, eles são aliados do ceifador, são almas de pessoas malignas e podem possuir nossos corpos, vamos pra um lugar seguro, leve seu amigo, eu levo as duas garotas. —- disse Oliver bastante prestativo.
Pedro leva pelas costas o pesado corpo de André, os dois seguem para uma cabana que fica uns 4 quilômetros depois do fim cemitério, ao chegarem lá se deparam com um ambiente limpo e arejado, bem diferente do qual estavam antes.
Pedro joga com força o corpo de André em uma mesa pois não aguentava mais tanto peso, Oliver deixa Flávia e Lívia deitadas em um colchão velho, mas bem conservado, agora só resta esperar que os três melhores amigos de Pedro se recuperem para se prepararem para a batalha final. Pedro encara Oliver ainda desconfiado do caráter do mesmo, Oliver estranha a desconfiança de Pedro mesmo depois de ajuda-lo:
- O que houve? Por que está me olhando assim? – diz Oliver meio preocupado.
Pedro rejeita sua desconfiança e olha para o chão meio triste, Oliver chega perto e tenta consola-lo:
- Vai ficar tudo bem, nós vamos vence-lo, não vai haver barreiras no nosso caminho que impeçam a nossa vitória, acredite no que eu digo – diz o homem autoconfiante
Pedro quer que ele responda suas perguntas para que se entenda o que realmente o ceifador quer e o porque logo este cemitério, se existem vários pelo mundo:
 - Por favor me responda. O que é o ceifador e porque ele quer a alma dos meus amigos e quer me manter vivo? Oliver é direto na resposta:
- O ceifador é um errante, uma criatura que pode assumir diversas formas diferentes, consegue até ficar invisível, isso explica porque não conseguimos ver o seu rosto, mas acredite, por debaixo daquela mortalha há um ser repugnante que pode se materializar e lhe atormentar para sempre. Ele veio das profundezas do inferno para fazer os humanos pagarem pelos seus pecados os matando.
Pedro fica mais curioso com essa história:
- Mas… então quer dizer que é uma criatura que tanto pode se transformar em demônio como também em fantasma?
- Sim…pode assumir as duas formas, mas sua forma fantasmagórica é a que ele mais aprecia, só assume a forma demoníaca quando é necessário e nesta forma ele se torna muito mais perigoso e…
André se levanta da mesa rapidamente desesperado:
- Então é isso, é um demônio, eu sabia que era!
Pedro se surpreende com a recuperação rápida do amigo:
- André...caramba você se recuperou rápido, que bom que você tá vivo cara.
 André quer saber mais sobre o ceifador:
- Eu já estava acordado, não pude deixar de ouvir a conversa. Então quer dizer que o tal fantasma é na verdade um demônio? —-disse ele um pouco assustado.
Oliver o responde sucintamente:
- Ele é os dois, temos que detê-lo antes que ele traga uma pilha de cadáveres para o cemitério e lá mesmo fazer o seu ritual.
- Que tipo de ritual é esse? – uma voz surge por detrás de Oliver, era Flávia e Lívia, as duas estavam ouvindo a conversa, Pedro fica bastante feliz pelas duas e corre para abraça-las:
- Flávia, Lívia, que bom que vocês duas estão vivas!!!
- Ei, eu também quero participar desse abraço. —- disse André
Oliver, vendo o abraço dos quatro amigos, alerta que não hora de comemoração:
 - Não cantem vitória antes do tempo, temos uma batalha pela frente.
Pedro se sente mais encorajado e transmite ess

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